Natan Marques / Murilo Antunes
O que se ve  vero,
O teu sabor eu quero.
Mas nem s beleza eu vi.
O que se ve  vero,
O teu sabor eu quero.
Mas nem s beleza eu vi.
Vi cidades degradadas,
Pessoas desamparadas
Nas grades da solidao.
Fogo nos campos, nas matas.
Queima de arquivo nas pracas.
Chovia nas ruas do meu coracao.
O que se ve  vero,
O teu sabor eu quero.
Mas nem s beleza eu vi.
O que se ve  vero,
O teu sabor eu quero.
Mas nem s beleza eu vi.
Vi cidades turbulentas,
Chacinas sanguinolentas.
Pensei que morava nas terras do mal.
Choro dos filhos, maldades.
Fora dos trilhos, cidades.
Pensei que sonhava e que tudo era real.
O que se ve  vero,
O teu sabor eu quero.
E a tua beleza eu vi.
O que se ve  vero,
O teu sabor eu quero.
E a tua beleza eu vi.
Vi uma estrela luzindo.
A minha porta bateu,
Querendo me namorar.
Lua cheia clareava,
Imaginei que sonhava
E era tudo real.
Ningum mais coca bixo de p.
Nem ningum caca mais arrasta p.
Vida  assim,  o que .
Ninguem mais coca bicho de p.
Nem ningum mais caca arrasta p.
Vida  assim...  o que .